Os primeiros consertos

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Ainda na garagem de casa

O primeiro fim de semana com um carro "novo" é sempre de lambeção, não é? Peguei a caixa de ferramentas, a muito útil parafusadeira, e fui procurar sarna pra me coçar no Maverick. Medida número um: tirar o aerofólio dianteiro (ou spoiler, como queira), que já tinha me desagradado desde a primeira foto que recebi do carro. De plástico, um tanto desgastada, a peça foi aparafusada sob o pára-choque usando alguns furos que já existiam, por exemplo, para prender as lanternas de seta. Quando desmontei descobri que ela estava rachada no meio, por trás da placa, e vi que esse painel frontal da lataria, abaixo do pára-choque, havia sido de certa forma "mais dobrado" para trás e para baixo, provavelmente para permitir o encaixe do spoiler. Muita sujeira no local; aproveitei para limpar as lanternas de seta com um pano úmido.

Os adesivos dos vidros deram ainda mais trabalho. O que tinha a palavra "Completo" no pára-brisas (…) foi até tirado fácil. Mas um adesivo que o Detran tornou obrigatório em 1997, para identificar os carros que haviam pago o IPVA, só saiu com uma demorada raspagem, com chave de fenda e cuidado para não arranhar o vidro. Um que fica no vidro traseiro eu não consegui tirar de jeito nenhum: tentei aquecer com secador de cabelos, passei óleo de cozinha, tentei raspar, e nada. Se alguém souber como tirar um adesivo tinhoso desses, por favor me diga.

O carro veio, ainda, com um daqueles retrovisores largos e convexos que aumentam o campo de visão. Até entendo um motivo para isso: os retrovisores externos do Maverick, desse pelo menos, são colocados muito "para trás". O motorista é forçado a virar o rosto para a esquerda, se quiser olhar o espelho deste lado, e o retrovisor direito simplesmente não dá ângulo. Daí a necessidade do tal retrovisor externo gigante, que permite uma visão teoricamente maior de o que está acontecendo atrás. Porém, por ser convexo, ele diminui os objetos que são vistos por ele, e pelo fato de o Maverick vibrar muito acabava sendo difícil enxergar alguma coisa. Além do mais, era um penduricalho, por cima do retrovisor original.

Para tirá-lo, foi preciso desmontar o suporte do retrovisor e os pára-sóis. O do lado direito estava engripado, sem abaixar, e foi difícil alcançar os três parafusos que o prendiam ao teto — mas depois foi fácil girar um pouquinho o parafuso de regulagem que solta ou prende mais o eixo do pára-sol. Descobri que o suporte do retrovisou quebrou em algum momento e foi remendado de forma bem chinfrim com Durepoxi — borrifei um pouco de Colorgin preto fosco nessa área para disfarçar, depois de lavar as peças para tirar a poeira excessiva que se acumulou por todas as partes. Aliás, essa lavagem trouxe outra descoberta: o lado preto dos pára-sóis, que fica virado para o interior do veículo se eles forem abaixados, parece ter sido pintado, com tinta bem safada, que começou a soltar quando passei uma bucha com sabão! Achei melhor não esfregar mais desse lado.

Aproveitei o ensejo para desmontar, ainda, a luz de cortesia do teto, cuja lente estava bem suja. Essa ficou jóia após uma boa esfregada de bucha com sabão — apenas um pouquinho e compreensivelmente amarelada pela ação do tempo. Já o aro cromado que a prende ao teto, que é de plástico (e não sei se é original), apresenta alguns "pontinhos" que não saíram mesmo com muita bucha. Deixei assim mesmo. A lâmpada, claro, estava queimada.

 

Sob os olhos do Detran

Já na segunda-feira, dia 23 de julho, fui ao Detran de Sobradinho. Antes de entrar realmente na restauração, eu queria resolver logo a situação legal do Maverick, ou seja, fazer a transferência. Como eu disse, não sei COMO que a tão rigorosa e enjoada vistoria do Detran do DF aprovou esse carro na transferência feita entre o dono original e as suas herdeiras, para que o carro fosse vendido.

Após um TREMENDO chá de fila, por conta de uma operação tartaruga que o Detran-DF vem fazendo por conta de mudanças organizacionais determinadas pelo Governo do Distrito Federal, pus o Maverick na fila da vistoria, com ENORME dificuldade. Quem disse que o bonito queria pegar? Para tirá-lo do estacionamento e entrar na fila de carros da vistoria, só no tranco. O motor de partida virava preguiçoso: "uéun… uéun… uéun…" e parava. Parei na tal fila, deixei o motor ligado, e com a marcha lenta do motor desregulada a luz do alternador acendia. Precisei mantê-lo levemente acelerado, numa tentativa de carregar a bateria por mais tempo. Desliguei, esperei a fila andar um pouco, e nada de o carro pegar outra vez — agora precisei de um empurrão para dar um tranco de ré, e mantive o carro ligado até chegar minha vez.

Logo que pus o Maverick na baia já entreguei ao atento vistoriador, chamado Osório, a lista de coisas que eu vou mandar fazer no carro. Expliquei que estava pegando o carro para restaurar, e que estava sem freio de mão, com pneus ruins, etc. Achei que seria ridículo dar uma de joão-sem-braço — e acho que a honestidade adiantou alguma coisa. O vistoriador disse que a estrutura até estava ótima para um carro de 30 anos. Detectou uma solda na coluna de amortecedor do pára-lamas dianteiro esquerdo, mas concluiu que não havia compromisso da estrutura do carro. Demoramos para achar o número do chassi, que no Maverick fica nesse mesmo pára-lamas dianteiro esquerdo, meio escondido pelo carburador. O carro foi aprovado com ressalvas — por conta dos pneus deploráveis, do extintor de incêndio vencido e da luz de ré que não acendeu, preciso voltar lá em 30 dias para mostrar que os problemas foram corrigidos, e então poderei finalizar a transferência.

 

Os primeiros reparos

Logo que saí do Detran fui a uma auto-elétrica, convencido de que a bateria (Heliar, de 56 Ah, do tipo que não precisa de água) estava comprometida pelo tempo em que o carro havia ficado parado. Aproveitei para comprar a lâmpada da luz de cortesia e um extintor de incêndio novo, e pedi um teste da bateria. O técnico pediu para ligar o carro — engraçado, agora o miserável pegou com surpreendente facilidade! O rapaz disse que a bateria estava boa — então concluímos que o problema certamente está na regulagem do avanço de ignição, o popular "ponto". Pedi para ele investigar a razão para a luz de ré não acender. Ele entrou embaixo do carro, olhou um pouco… e disse que o câmbio não tem a cebolinha de ré, o interruptor que aciona a luz!! Disse que alguns carros antigos não tinham luz de ré, mas não me convenci disso. Ah, em tempo: esse técnico ainda perguntou se poderia tirar uma foto ao lado do carro, para o irmão que também gosta de antigos. "Ora, mas é claro!", respondi orgulhoso… hehehehe!

Então deixei o carro em uma oficina bem perto de onde moro. Entreguei ao mecânico chefe, o Fernando, uma grande lista de coisas a fazer — e ele ainda acrescentou, logo de cara, a troca da tampa do radiador, que estava com folga. Eu disse que não precisava fazer com pressa, e ele ficou de me passar o orçamento. Mas depois de dois dias esperando o telefonema, e de passar em frente à oficina e ver o carro parado no mesmo lugar em que eu deixei, resolvi ir lá — sem pressa, mas andando, né?? Mas então o carro estava já sendo analisado e desmontado.

O outro mecânico da oficina, junto com o chefe, me mostrou as pinças de freio dianteiro e os cilindros do freio traseiro — e disse que estes últimos estavam engripados, totalmente travados e sem funcionar. Mostrou-me as lonas de freio bem pouco gastas para provar que o carro só estava freando nas rodas dianteiras. Os pistões das pinças estavam um bocado engripados também, bastante duros, e seria preciso trocar os reparos deles. As pastilhas de freio estavam semi-novas. Seria preciso trocar um reparo do carburador também. Adiantaram-me que o cabo do freio de mão estava estourado, assim como o cabo do afogador, bem como descobriram um gato feito para abrir o capô por meio de um cabo colocado na grade do Maverick. Durante a tarde os dois fariam uma lista de peças necessárias e me passariam para que eu mesmo procurasse onde achasse melhor.

 

Maverickeiro de primeira viagem

Até que achar as peças, na manhã da quarta-feira (25/07), foi menos complicado do que eu imaginava. Em Sobradinho, DF, há uma loja de autopeças que trabalha, até o momento, com algumas peças para carros mais antigos — a Ipanema Auto Peças. Encontrei quase tudo que precisava lá. Mas por um preço que, só depois percebi, foi um tanto salgado. Tudo bem que a bomba d'água é da SKF, uma das melhores marcas do mercado, mas precisava ser por R$ 230,00?? E a facada maior foi no cabo traseiro do freio de mão: R$ 106,00 por um cabo que estava esquecido no depósito, tanto que o vendedor (e proprietário da loja) já havia dito que não tinha. Depois é que fui ver que esse cabo pode ser encontrado por algo em torno de R$ 60,00. Me senti roubado, sinceramente. Mas estou tentando enxergar isso como aprendizado: aos poucos, acho, a gente vai descobrindo onde que é melhor comprar peças para antigos por preços honestos. O cabo para abertura do capô e o cabo dianteiro do freio de mão eu encontrei no dia seguinte, em uma loja tradicional de Brasília, a Induspina. Os dois juntos pelo preço do primeiro…

Da primeira lista de peças (lista completa com os modelos no fim do texto), só não consegui encontrar o cabo do afogador — não achei nem mesmo nos catálogos que vi de fabricantes de cabos. Já me disseram que há em Brasília uma oficina, a Casa da Camionete, que pode fabricar um cabo igual, bastando que eu leve o original. Bem que o Beto, mecânico que trabalha com o Fernando e preparou muitos Maverick e Opala para corridas, tentou desamassar a "mangueira" por onde passa o cabo, mas não adiantou.

 

O que foi feito dos freios

A parte de troca de velas, correias, etc. correu tranqüila e rapidamente. Já com os freios, foi um problema atrás do outro — e foi isso que fez o Maverick passar um total de 27 dias (!!!) na oficina. Para começo de conversa: do freio de mão do Maverick, só sobrou, literalmente, a alavanca no painel. Além da total ausência dos cabos, não havia nem mesmo o suporte que deveria estar preso sob o assoalho do carro! Fernando teve que procurar um outro Maverick — por sorte, existem alguns proprietários na vizinhança — e observar como é que o cabo é preso sob o carro, e então usar uma pequena e grossa chapa de aço, com furos, para fazer uma adaptação similar.

Na remoção da pinça de freio dianteira esquerda, o sangrador para retirada de ar do sistema foi quebrado — dentro do furo, aliás. Isso traria problemas grande mais tarde, como se verá. Depois de trocados os reparos das pinças, cilindros das rodas e fluido, o carro passou a ter freio nas quatro rodas, mas então se percebeu uma grande falta de pressão no sistema. Substituição do cilindro-mestre, diagnosticou Fernando. E, disse ele, trocar só o famoso reparo do cilindro não adiantaria: certamente o cilindro estava gasto por dentro, apesar de não haver sinais de rachaduras e furos, e os novos retentores pouco adiantariam. O que me levou fazer uma adaptação com cilindro-mestre de Opala — tema de um artigo em separado.

Ocorreu que mesmo após a adaptação o sistema de freios ainda ficou com funcionamento bastante desagradável e preocupante, e alguns fatores contribuíram para isso. O principal deles, claro e inesperado, foi que o cilindro-mestre ZERINHO que eu comprei da Bosch veio com vazamento. Descobri pelo barulho característico de esguicho quando bombeei o pedal na garagem de casa, com o carro desligado. E logo descobri uma cachoeira de fluido no local onde o cilindro é aparafusado no hidrovácuo. Só consegui fazer a troca na loja (Karpeças, 705 Norte, Brasília) na terça-feira, porque eles não tinham outro para pronta entrega. Eu mesmo coloquei o cilindro bom no lugar, com a ajuda de um tio meu, e fizemos a sangria possível dos freios.

"Sangria possível", sim, porque a quebra do sangrador da pinça dianteira esquerda impediu que se fizesse sangria dessa roda, e por isso restou ar no sistema. Para frear o carro, e ainda de forma bem fraca, ficou necessário bombear o pedal algumas vezes. Paciência — assim mesmo levei o bendito ao Detran, no último dia possível para fazer a transferência sem multa; expliquei a situação, e em três dias o carro já estava devidamente transferido e documentado. Depois levei o carro a um torneiro mecânico, que tiraria o pedaço de sangrador restante por R$ 15. Ele meteu maçarico na pinça, ainda montada, e logo depois jogou água. Tentou tirar o sangrador, mas não adiantou. Então ele desmontou a peça e declarou: "alguém meteu furadeira aqui, não vai ter jeito de tirar. Só comprando outra pinça mesmo.". Ahá, então é por isso que o Beto foi tão categórico em dizer que a minha pinça não teria salvação, né? E que eles até procuraram um torneiro mas ele não estava lá no dia, né?? SEI. Enfim…. depois vejo isso. Até porque, depois do calor na pinça e a desmontagem dela, o freio do Maverick ficou milagrosamente MUITO melhor!! Até voltei lá no torneador. Ele acha que a dilatação dos metais acabou resultando em uma vedação que náo existia antes. Eu já acho que o calor e a desmontagem fizeram com que o pistão destravasse, ou que o reparo da pinça voltasse a uma posição correta, algo assim.

Por fim, a outra causa dos freios fracos é que um dos parafusos do hidrovácuo que seguram o cilindro-mestre está bastante espanado e a porca fica frouxa e meio solta nele. Isso, segundo o mecânico Beto, faz com que o pedal de freio fique mais baixo do que deveria. Nas visitas que fiz a dois torneiros mecânicos, ambos disseram que só poderiam fazer qualquer coisa se eu já levar o hidrovácuo desmontado, e um deles disse que não dá para cortar e soldar outro parafuso no lugar porque a solda derreteria os mecanismos internos do hidrovácuo. Esse mesmo também disse que não adiantaria refazer a rosca com um cossinete, porque o parafuso resultante ficaria com aproximadamente 7mm e, portanto, muito fraco para a missão de segurar o cilindro. Mas ainda acredito que isso seja suficiente — nada que uma boa arruela (não a minha, veja bem) não possa resolver.

 

Próximos passos 

O bom de já ter conseguido deixar o Maverick em condições de andar — e principalmente de ter concluído a transferência junto ao Detran — é que agora posso ir mexendo nele com mais calma. Desmontar o hidrovácuo para tentar resolver esse problema do parafuso de fixação do cilindro-mestre é uma das próximas missões, mas a primeira delas será comprar uma pinça nova para a roda dianteira esquerda. Até já descobri um cara que tem — o Derson, conhecido preparador de carros para arrancada da cidade satélite de Sobradinho. Ele já havia me sugerido a troca do hidrovácuo e do cilindro-mestre do Maverick pelo cilindro sem hidrovácuo da F-1000. Numa conversa, ele me disse que já desmontou 40 Mavericks, e por isso tem várias peças em estoque — inclusive as pinças e os reforços das colunas da suspensão dianteira, que já encomendei.

Alguns problemas da parte elétrica necessitam de solução imediata. O principal deles é o medidor de combustível com o ponteiro invariavelmente parado na metade do mostrador — o que já me deixou a pé, sem gasolina, DUAS vezes. Tentei procurar a ligação dele à bóia no tanque… mas o que eu encontrei numa inspeção rápida foi simplesmente um par de fios soltos no porta-malas e NENHUM conector de bóia no tanque!! Começo a suspeitar que o tanque foi trocado e, por pão-duragem, o ex-dono meteu um tanque sem bóia…

Falando em gatos do tipo, a luz de ré também será um problema, de solução pelo menos um pouco mais fácil e barata. Logo depois de tirar o carro da oficina eu mesmo resolvi procurar a cebolinha da ré. Embaixo do carro estavam os fios e conectores das luzes, mas da maldita cebolinha não há qualquer sinal, nem mesmo de um suporte para ela. Descobri, de toda forma, que um dos trambuladores da alavanca de câmbio se desloca para a frente quando se engata a ré, e é na ponta dele que vou tentar adaptar um suporte com um botão qualquer. Hei de descrever essa adaptação num artigo específico 🙂

Por fim, ainda na parte elétrica quero fazer uma revisão do motor e dos braços do limpador de pára-brisas, e revisar o motor de partida, que às vezes parece muito preguiçoso (seriam escovas gastas?). Também preciso levar o Maveca para fazer alinhamento e balanceamento das rodas, e fazer um novo cabo do afogador — minha esperança para que fique mais fácil dar a partida no carro.

 

Peças e Gastos – primeira fase

Correia dentada – Goodyear 483LH088 – R$ 40,00

Bomba d'água – SKF VKPC 4570 – R$ 230,00

Platinado – R$ 8,00

Condensador – R$ 8,00

Velas – NGK BP6EFS – R$ 40,00

Jogo de juntas do carburador – Cortiris 103.387 GV – R$ 6,00

Agulha do carburador (Solex duplo) – R$ 10,00

Bóia do carburador – R$ 36,00

Válvula de máxima do carburador – R$ 10,00 

2 cilindros de roda do freio traseiro – R$ 80,00

2 jogos de reparos das pinças de freio dianteiras – Controil C-1501.6 – R$ 50,00

3 litros de fluido de freio – Bosch, Varga e Shell DOT 3 – R$ 40,00

Cilindro-mestre de freio – Bosch 2262124 / CM 2124 (de Opala 80 a 90) – R$190,00

Reservatório de fluido de freio de Opala – Bendix (ferro-velho) – R$ 10,00 

Cabo traseiro do freio de mão – Efrari FM384 (ref. original: BDSD.2A635.A) – R$ 106,00

Cabo dianteiro do freio de mão – Efrari FM383 – R$ 58,00

Cabo de abertura do capô – Efrari FM382 – R$ 48,00

Car 80 (solvente para limpeza de carburador) – R$ 10,00

Lixa d'água 150 – R$1,00

Tampa do radiador – TanClick TC-7006F – R$ 8,00

Extintor de incêndio – R$ 23,00

Suporte para extintor de incêndio – R$ 15,00 

Lâmpada para luz de ré – R$ 2,00

Lâmpada da luz de cortesia – Osram – R$ 2,00

Filtro de ar – o mesmo usado em vários modelos atuais da Fiat.

Filtro de óleo – o mesmo usado em vários modelos atuais.

Filtro de combustível – padrão

Óleo para o motor – Petrobras Alta Quilometragem

Mão-de-obra – R$ 250,00 

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