Coluna Micros e Cia. – 02/10/2001

Padrão

TELEFONE PARA O BRASIL

Circula esses dias pela Internet e-mail que deveria causar muito mais indignação do que causa— e, na verdade, deveria mesmo era causar uma reação, quem sabe até um quebra-quebra (sim, sou louco para ver o consumidor brasileiro tomar uma ação radical em massa um dia).É sobre o bonito quebrapau das companhias telefônicas de longa distância, Intelig e Embratel, pela tarifa mais barata para os Estados Unidos. A promoção até já acabou — e, curiosamente, o preço agora, que chegou a R$ 0,06 o minuto, é de DEZ VEZES isso. Mas peraí. Não é revoltante pensar que, se você quiser ligar ali pra Goiânia, a cerca de 250km de Brasilia, você pagaria mais caro do que ligar para os Estados Unidos??

Eu gostaria que as companhias telefônicas privatizadas desses tempos neo-bobo-liberais explicassem em público o porquê de oferecer preços baixos para o exterior — em vez de ligações DDD mais baratas — sendo que uma considerável maioria da população, e mesmo de empresas, não tem porque ligar para fora do Brasil. Onde estão as benesses da privatização, da concorrência entre empresas privadas? E a ação da Anatel em prol do consumidor? Outro dia a própria agência reconheceu estar dando mole demais no que se refere a telefonia fixa. Por isso eu endosso a idéia: ligue e mande e-mails de reclamação à Anatel. Evite ao máximo fazer ligações interurbanas. Entre com uma ação no Ministério Público. Enfim, faça alguma coisa para não ser mais tratado como imbecil

E A ENERGIA?

Está vendo esse “cia” no nome dessa coluna? Pois é. Isso significa que não sou obrigado a falar só de computador e Internet. Por isso, vou mudar um pouquinho de rumo, até porque preciso escrever bastante porque olha só o tamanho da coluna de hoje. Têm sido boas as últimas manhãs, com aquela chuvinha preguiçosa… Bem, outro dia peguei o maior toró no trânsito. E então, será que o governo vai continuar culpando São Pedro pela falta de energia? A quantas anda a construção de novas usinas e linhas de transmissão? Pois é… Agora que a porca torce o rabo ali no Alvorada, o governo podia estudar soluções tecnológicas para resolver rapidinho o problema da falta de energia, em vez de se acomodar na facilidade que é cortar luz da casa de pobre. Uma solução curiosa veio na revista Geek desse mês. Um engenheiro americano, Gary Henderson, estuda como aproveitar a energia gerada pelo peso de pessoas, carros e animais em movimento. Uma de suas soluções é uma espécie de bolsa cheia de líquido, que poderia ser colocada sob o asfalto de uma pista movimentada. Quando carros passassem, fariam o líquido da bolsa passar pela turbina de um gerador, produzindo aí corrente elétrica. Tudo bem, parece coisa de doido, mas sabe que faz sentido? Já pensou o potencial elétrico do Eixão e da Estrutural?

BYTES COLORIDOS

E não é que estão avançando as pesquisas sobre armazenamento holográfico de informação? Pois é. Sabe aquele desenhinho prateado que muda de cor, que tem no cartão de crédito, na caixinha de CD e em brinquedos de criança? Tem gente gravando dados em desenhos desses. Cientistas do Canadá e da Espanha, em conjunto, estão usando discos de vidro especial, de apenas 25mm. em que dados são gravados não só na superfície como também no interior. Ainda não há qualquer previsão de lançamento da nova tecnologia.

 

Digitalizada e publicada online em 04/06/2017

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *